A análise de materiais é essencial para o desenvolvimento de um projeto. Saber o porquê determinado material foi escolhido em vez de outro, o que o caracterizou como mais adequado e quais as suas propriedades inerentes, torna possível determinar parâmetros importantes para otimizar a sua utilização. Em outras palavras, a análise de materiais envolve estudos específicos e detalhados, oferecendo dados que deem direcionamento em um determinado processo. Diante disso, pontuamos 3 coisas que você precisa saber sobre análise de materiais.
1. A análise de materiais permite selecionar e aplicar os mais adequados e eficientes.
Para desenvolvermos um produto é importante a seleção de materiais, a qual deve ir além da escolha dos mais baratos. As análises das propriedades físico-químicas, dos processos de fabricação, das especificidades e das condições em que será exposto, contribuem para a escolha certa dos materiais, bem como da redução dos custos, garantia da qualidade e otimização da utilização do produto.
Em algumas aplicações é necessário que a qualidade do contato elétrico não diminua ao longo do tempo, sendo preferível usar ouro em vez de prata ou cobre. Apesar de terem uma melhor condutividade elétrica, o ouro é mais resistente à oxidação. Em alguns conectores e circuitos integrados, como processadores de computadores, utiliza-se ouro ou banho de ouro.
2. A análise de materiais fornece informações qualitativas e quantitativas sobre a composição e estrutura.
Existem informações dos materiais que não são possíveis de percebermos a olho nu. Dessa forma, é necessária análise de materiais através de técnicas de caracterização, as quais dependem daquilo que se quer avaliar.
Nos metais realiza-se, por exemplo, a análise da morfologia do material e da composição química, bem como a determinação da estrutura atômica, através da Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV). Em alguns aços podemos observar concentrações dos seguintes elementos químicos: manganês, carbono, enxofre, fósforo e ferro.
Outra análise de materiais, não-destrutivo, é o ensaio de dureza. Nele é possível obtermos um conhecimento aproximado da resistência mecânica, inspecionarmos o resultado de um tratamento térmico e avaliarmos a resistência ao desgaste por erosão (remoção de material da superfície quando esta é impactada por um fluído que contém partículas sólidas) e por abrasão (desgaste por atrição) dos materiais.
Veja também:
O que é caracterização de materiais?
3. A análise de materiais estabelece possíveis melhorias no desempenho do produto.
As informações obtidas das análises de materiais torna possível fazermos substituições de materiais, a fim de obtermos melhorias no desempenho de produtos e otimização da produção.
A combinação de baixa densidade com elevados valores de resistência e rigidez são propriedades favoráveis na fabricação de peças para aeronaves. Desde o surgimento das fibras de vidro, aramida (Kevlar®) e carbono, a indústria aeronáutica tem se utilizado desses compósitos poliméricos avançados em substituição aos materiais metálicos tradicionais, como ocorreu nas aeronaves Boeing 777, Airbus A-380 e do Embraer 170.
Sob o mesmo ponto de vista de substituição, com propriedades e aplicações geralmente similares às dos plásticos derivados de petróleo, gás ou carvão, o bioplástico surge como uma alternativa sustentável para diminuir os problemas relacionados à produção altamente poluente e o descarte inadequado. O amido de milho ou a cana-de-açúcar, por exemplo, podem servir como matéria-prima. A produção envolve a fermentação do material de partida, gerando o ácido láctico, e em seguida a polimerização do ácido, formando o ácido polilático (PLA). Assim, podemos inferir que o bioplástico é ideal para substituir plásticos tradicionais como o polietileno (PE), polipropileno (PP) e o politereftalato de etileno (PET).
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